Capítulo 7

Pérola aceitou sair, abriu seu coração e até se deixou levar por um beijo que sabia não ser o certo, mas que prometeu ficar apenas naquilo. Klaus, com um sorriso malicioso, comentou que guardava cada momento bom que viveram desde que se conheceram. Ele ainda brincou dizendo que o "presente" era para ele também, pois a cheiraria muito.

Na balada, encontraram dois amigos de Klaus, ambos solteiros, sendo um deles médico, assim como ele. Klaus havia contado no caminho, com orgulho, sobre a longa amizade que os unia desde os tempos de estudo.

Um desses amigos, Denis, cumprimentou Pérola com simpatia.

— Oi, prazer, Pérola, né? Ouvi falar muito de você... Esse cara já estava irritando de tanto te mencionar!", brincou Denis.

Trocaram beijos no rosto, e Pérola respondeu, rindo: — Olá, sou Pérola sim. Nos conhecemos? Você não me é estranho!

Denis explicou que já a tinha visto no hospital onde trabalhava em dias alternados, mas seus horários opostos impediam um contato maior. Entraram juntos na balada, e Pérola, orgulhosa, pagou sua parte. Encontraram uma mesa, e os rapazes pediram um combo de bebidas caras e fortes. Pérola quase não bebia, mas Klaus ofereceu um drink mais suave, sendo gentil e dizendo que a ajudaria a se soltar. Ela aceitou, achando a bebida adocicada, e começou a beber também.

A música era pagode, e Pérola, que desfilava há anos em escolas de samba, se segurava para não dançar, apenas balançando o pé no ritmo enquanto admirava os outros. Com a bebida, se sentiu mais à vontade para socializar, embora os três amigos conversassem mais entre si. Ao ir buscar água, Pérola começou a dançar. Percebendo que Klaus a observava com aprovação, ela intensificou os movimentos, requebrando-se toda. Ele começou a lhe dar mais atenção, aproximando-se várias vezes para beijá-la e abraçá-la, e até inventou de pedir comida só para que ela ficasse quieta ao seu lado.

Um tempo depois, duas meninas que haviam conversado com Klaus no dia anterior chegaram. Uma delas, bastante oferecida, o abraçou. Pérola estava na mesa com eles, todos em pé. A menina cumprimentou os três rapazes, ignorando-a. A outra apenas disse "oi" sem muita simpatia. Klaus começou a conversar com a primeira menina, sem apresentar Pérola. Ela se sentiu deslocada e seu incômodo era visível.

Denis, percebendo a situação, puxou assunto com ela.

— Você estagia há muito tempo?

Pérola respondeu que estava na reta final. Ele perguntou sobre seus planos para o futuro. Ela virou um copo cheio de vodca com energético e respondeu:

— São vários, e um deles é ir embora, agora! Começou a mexer no celular.

Denis comentou:

— Relaxa, Pérola. Se você está com ciúmes, vai lá e fica do lado dele.

Envergonhada, ela respondeu:

— Não, nós não temos nada. Ele é livre e eu estou sobrando aqui... Denis, foi um prazer te conhecer.

Pérola disse a Klaus que ia ao banheiro. Lá, lavou a nuca e os pulsos, sentou-se um pouco, sentindo-se zonza. Pegou uma água e foi para a saída. Enquanto esperava o carro de aplicativo, Klaus mandou mensagem perguntando onde ela estava. Ela visualizou, mas não respondeu. Ao guardar o celular, ele ligou. Ela não atendeu, pensando em como se arrependia de ter bebido. Sentiu uma mão em seu braço e ouviu:

— Pérola, o que foi? Por que não me atendeu? O que você está fazendo?.

Séria, ela respondeu:

— Estou indo embora, Klaus. Já deu, né?

Ele a abraçou e perguntou:

— Pérola, o que houve? Por que não me chamou? Eu te levaria para casa. Fala!

Quase chorando, Pérola respondeu, sentida:

— Estou cansada, bebi muito, não quis atrapalhar sua noite.

Deu um selinho nele e continuou, engolindo o choro: — Olha, meu carro está chegando. Volta para lá com seus amigos, eu te mando uma mensagem quando chegar em casa. Tudo bem?

Ele a segurou e disse:

— Não vai não, nós vamos para a casa do Denis esticar a noite. Você não pode ir assim, não nos vemos a semana toda, estou com saudades de você. Te ver dançando me deixou com mais saudades ainda!

Ele estava agarrado a ela enquanto falava, roçando-se nela, e ela pôde sentir sua excitação. Pérola balançou a cabeça negativamente. Ele insistiu:

— Vamos só um pouco, quando você quiser ir embora, eu te levo na mesma hora. Combinado!.

Ela viu os amigos dele saindo com as duas meninas e disse a Klaus, afastando-se:

— Klaus, de verdade, não estou a fim. Você vai ficar me ignorando a noite toda e eu também saí para ficar com você, não com seus amigos. Toda vez que a gente sai, não dá certo! Eu fico de canto, é muito chato isso.

Ele respondeu, fazendo-se de coitado:

— Pérola, desculpa se eu fiz você se sentir assim. Fica comigo e eu faço o resto da noite valer a pena. Por favor, gata!

Os amigos dele se aproximaram, agitados. Klaus falou baixinho no ouvido dela, ainda abraçado:

— Esperei dias para ficar com você, vamos comigo. Ou eu vou embora junto, só um pouco e depois você decide o que a gente vai fazer.

Pérola aceitou, balançando a cabeça afirmativamente. Deu um beijo apaixonado nele ali ao lado dos amigos. Foram para o carro, e ele foi carinhoso com ela o tempo todo. Chegaram à casa de Denis, uma casa grande e luxuosa, com piscina. Sentaram-se no quintal, à beira da piscina. Os quatro começaram a beber novamente e decidiram entrar na piscina, tirando a roupa e ficando de cueca, calcinha e sutiã. Klaus queria que Pérola entrasse também, mas ela não quis, dizendo que ficaria esperando fora. Ele até perguntou baixinho se ela estava menstruada, e ela negou.

Logo, os outros dois começaram a se beijar. Eles bebiam muito e faziam bagunça, com a música alta. Klaus colocou Pérola no colo, sentados em uma cadeira que parecia erótica. Os dois começaram a se beijar e trocar carícias, nada demais, apenas carinho. Pérola estava um pouco mais solta, beijando aquela boca deliciosa. Entre um beijo e outro, ele sussurrou:

— Vamos lá para dentro? Para a gente ficar mais à vontade?

Ela se levantou e disse:

— Vamos!

A pegação estava ótima, mas Pérola, sempre mais reservada, não se sentia muito à vontade com as outras pessoas por perto observando. Klaus a pegou pela mão e foram para um quarto. Ela ficou um pouco apreensiva. Ele trancou a porta e deixou a luz acesa. Pérola sentou na cama e tirou os sapatos, sentindo-se cada vez mais tensa e nervosa, com receio do que poderia acontecer. Klaus sentou ao lado dela, começou a mexer em seu cabelo, beijou seu pescoço, pegou em sua mão e disse:

— Não vou fazer nada que você não queira, tudo bem?

Ela respondeu com um beijinho:

— Tudo...

Ele sorriu, e eles começaram a se beijar sentados. Klaus apalpava seus seios, apertando-os, e também seu quadril e bumbum. Logo deitaram. Ele levantou o vestido dela para tirar, mas Pérola segurou-o. Ele tirou a camiseta e abriu a calça. O clima estava quente, com carícias por todo o corpo. Pérola não estava sóbria o suficiente para tomar a decisão de ter sua primeira vez, e sabia disso, mas tudo estava gostoso demais para que ela não se deixasse levar pelo calor do momento. Ela era muito inexperiente, nunca havia feito nada íntimo com ninguém. Para ela, tudo era novo, e Klaus a conduzia muito bem. Ele ficou apenas de cueca, excitado, e tentou tirar seu vestido novamente. Pérola puxou o vestido para baixo. Ele levantou o vestido, puxando sua calcinha para tirar, e disse:

— Calma, amor, deixa rolar, relaxa.

Irritada, Pérola tirou a mão dele e respondeu:

— Não, Klaus, para.

Ele soltou a calcinha, tentou beijá-la, mas ela virou o rosto. Ele saiu de cima dela, deitou ao seu lado bufando, demonstrando insatisfação e irritação. Pérola sentou na cama, ajeitou o cabelo e a roupa, levantou e colocou os sapatos. Klaus perguntou, indignado:

— Onde você vai, Pérola? Não precisa ir, eu respeito a sua escolha, volta aqui. Vamos aproveitar nosso tempo juntos!

Chateada, ela respondeu:

— Vou ao banheiro e quero ir embora, está tarde.

Saiu do quarto engolindo o choro, sentindo-se boba e envergonhada. Foi para o banheiro, preparando-se para sair. Olhou no espelho e se perguntou o que estava fazendo ali e por que tinha ido tão longe. Pensou que aquela não era ela e que estava insegura e com ciúmes. No fundo, ficou chateada consigo mesma por se colocar naquela situação. Estava chorando quando Denis abriu a porta. Ele fechou rapidamente, pedindo desculpas, mas deu para ver que ela estava chorando. Pérola limpou o rosto rápido e saiu. Denis estava na porta e disse:

— Desculpa, não vi que você estava aí. Tudo bem?

Ela sorriu e respondeu, morrendo de vergonha:

— Imagina, tudo sim, não comenta com ninguém, por favor!

Ele respondeu, sendo irônico:

— Comentar o quê? Não vi nada, nem te vi aqui na verdade.

Pérola sorriu e disse:

— Obrigada.

Voltou para o quarto e Klaus já estava vestido. Ele levantou, deu um selinho nela, pegou em sua mão e disse que a adorava do jeito que ela era. Foram para a sala e, no caminho, ouviram claramente barulhos vindos de um quarto. Klaus comentou com deboche:

— Chega a dar inveja deles, poderia ser a gente. Mas você não quer nada!

Irritada, Pérola respondeu:

— Desnecessário, né, Klaus? Poxa vida.

Chegaram à sala e Salete, a "fã" de Klaus, estava jogada no sofá. Denis veio logo atrás dos dois. Klaus disse a Pérola:

— Você está muito careta hoje, Pérola.

Brava, ela falou para todos ouvirem:

— Talvez o problema seja você e não eu. Quero ir embora agora!

O clima ficou pesado, e Denis e Salete olharam para eles meio sem entender. Pérola disse tchau para os dois e já foi saindo. Ouviu Klaus falando, rindo:

— Deixa eu ir acalmar a fera...

Ele foi atrás dela, abraçando-a com graça. Entraram no carro, e Pérola ficou muda. Quando estavam quase chegando em casa, ele disse:

— Ei, não vai falar comigo mais não, Pérola? Não fica brava, eu só estava brincando.

Brava, ela respondeu:

— Brincadeira de péssimo gosto.

Ele pediu desculpas, disse que aquilo não ia mais se repetir, ficou segurando sua mão, mas Pérola o ignorou. Ele a deixou em casa. Beijaram-se antes de ela descer do carro, mas foi apenas um beijo forçado. Depois, ele mandou mensagem dizendo que adorou a noite, que ela era incrível e que mal podia esperar para se encontrarem novamente. Pérola estava apaixonada e muito envolvida, mas preferiu não responder para evitar discussões. Ela nunca tinha ido tão longe com ninguém e entendia o lado dele, mais vivido e provavelmente querendo mais intimidade, mas ainda assim foi dormir chorando.

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