Pérola ficou arisca e apreensiva e respondeu: — Tipo a pé?
Ele riu debochado e respondeu: — É, mina, bora lá, é logo ali.
Ele saiu andando e falou para o outro: — Vamo junto, cara.
Eles foram descendo a rua conversando entre si, Pérola foi atrás. Andaram menos de dez minutos, viraram uma esquina e chegaram em um lote vazio cheio de mato. Estava escuro. Um deles foi na frente, entrando no lote, o outro parou e falou:
— Vai na frente aí.
Nessa hora a ficha caiu. Pérola foi muito ingênua em um lugar desconhecido com pessoas que estavam na cara não serem gente boa. Falou para ele:
— Nossa, eu não tinha visto a hora, achei que fosse mais perto, melhor eu voltar outro dia.
— Relaxa aí, moça, tá chegando. Você é da onde? — respondeu ele.
Pérola não sabia o que responder. Achou que se falasse que era de longe, iriam lhe fazer mal e a enterrar ali mesmo. Respondeu:
— Não moro aqui. Qual seu nome mesmo?
— Juninho — respondeu ele.
O outro cara falou: — Juninho sujeira. Fala direito as coisas pra