Pérola reconheceu a voz e se virou, vendo Klaus ali, o que a deixou bastante surpresa. Fazia muitos meses que não se viam nem se falavam. Ela permaneceu quieta, sem reação.
— Posso me aproximar ou você vai me ameaçar de novo? — perguntou Klaus.
Com a voz trêmula e baixa, Pérola respondeu:
— Pode.
Ele se aproximou, deu-lhe um beijo no rosto, um abraço e disse:
— Já faz muito tempo, né? Parabéns pelo seu dia, felicidades.
— Obrigada, é, faz sim. Mas você aqui? — indagou Pérola.
— Eu devia saber que não foi ideia sua me convidar — respondeu Klaus, rindo ironicamente.
— Claro que não mesmo, nem eu queria estar aqui. Imagina que ia chamar alguém para isso — retrucou Pérola, irônica e sem jeito.
— Não gostou de tudo? Não parece mesmo a sua cara, mas também você parece ter mudado bastante do que era quando te conheci. Achei que você estava curtindo tudo isso — disse Klaus, com um tom debochado e afrontoso.
— Você não sabe nada de mim, nunca soube, Klaus — respondeu Pérola, séria.
— Você não