O barulho ininterrupto do telefone obrigou Damiano a acordar. Sonolento, não se preocupou em olhar pela tela do celular para saber quem o chamava, apenas atendeu. Esfregando os olhos, pronunciou um “alô” desanimado e sem vida.
— Damiano?
Reconhecia aquela voz. Mariana. E ela chorava.
Péssimo sinal.
— O que aconteceu? – ele sentiu a voz falhar. Já imaginava o que estava por vir.
— Ele sofreu um ataque por causa do efeito da anestesia e entrou em coma. Você entendeu, Damiano? Seu pai está em coma!
Foi preciso muito controle para Damiano não exprimir qualquer emoção que a notícia poderia ter lhe causado. Respirou fundo, apertou o travesseiro com força, tentando descontar nele a dor que passava por seu corpo. Velho maldito, o que Damiano havia falado sobre não morrer?
— A que horas, isso? – pe