As emoções de Alyssa se assemelhavam a um punhado de areia fugindo entre os dedos. Difícil de segurar.
— Você me falou, Klaus, apenas que ele acabou descobrindo sobre nós dois, mas por que não falou do suborno?
Com os olhos acusadores fixos em Klaus aguardava uma resposta plausível.
Klaus apertou os maxilares. Não gostava de lembrar especificamente daquele assunto, embora as oportunidades no mundo do vinho surgiram por conta do seu desligamento da empresa.
Girou o copo de vinho, o líquido rubi imitando a turbulência em seu interior. Ele a fitou de volta.
— Eu não sabia como te dizer. Parecia tão absurdo, tão… incrivelmente baixo. Preferi focar no que importava: você.
Controlar a raiva, a decepção, o rancor não estava fazendo efeito. Falou num tom firme e baixo:
— Em mim? Não seria mais fácil ter falado toda a verdade?
— Achei desnecessário fazer isso na época e me arrependo por ter omitido isso também.
Ela fechou os olhos por um instante, tanto para pegar fôlego como para apla