Alyssa se afastava do restaurante a passos largos. A lembrança do dia em que pediu demissão e ter ido ao encontro de Klaus se materializou na sua memória.
Assim que chegou na casa dele, notou-lhe triste e distante. Não parecia ser o seu amado Klaus. Havia uma certa frieza também, um olhar raivoso,, um silêncio obscuro por trás dos seus olhos azuis.
— Me desculpa, Klaus, pelo meu pai... Ele é um covarde. Vamos dar um jeito.
Klaus continuou em silêncio. Desviou o olhar para o alto como se não quisesse comentar o assunto. Alguns instantes depois, falou:
— Deixa pra lá. Vou ficar bem.
Ela se aproximou mais.
— Pedi demissão.
Klaus ficou subitamente pálido.
— Oh, Alyssa, não precisava fazer isso...
— Fiz e não me arrependo.
De olhos fixos nela, agora sim, ela viu uma emoção. E sem se segurar, diminuiu a distância e o abraçou.
Klaus, num instante, se transformou. O corpo dele respondia ao desejo que se instalava entre eles como uma forma de escape do problema.
Não era o momento