A mesa do jantar estava adornada com uma toalha de mesa simples. No centro, um pequeno vaso com flores silvestres. A atmosfera deveria ser aconchegante, refletindo a simplicidade e o sabor da culinária grega, mas havia tensão no ar.
Eleni Ferranti havia preparado um Briam, composto por berinjela, abobrinha e pimentão assados com azeite, alho e ervas, acompanhado de arroz branco e uma porção de feijão verde cozido. Ao lado, um frango assado simples, temperado com limão e orégano.
Ela ouvia com atenção o relato de Klaus sobre suas primeiras semanas na Companhia Petrakis.
A explanação dele era evasiva. Bem diferente do que esperava. Notou algo além na voz dele. A maneira que Klaus pronunciou o nome de sua chefe e como seus olhos brilharam ao falar dela, mexeu com o seu pressentimento. Algo estava errado.
Lembrou-se da filha de Heitor Petrakis, dos jornais e da tv. Era um mulher linda, comunicativa e aquilo a incomodou.
— Então é isso, mãe! Estou conquistando a confiança de todos