A madrugada estava envolta em névoa quando Luiza entrou no salão de treinos, o rubi pulsando em sua mão com intensidade quase dolorosa. Cada passo ecoava pelo espaço vazio, amplificando a sensação de que algo grande estava prestes a acontecer. Alex caminhava ao seu lado, olhos atentos, corpo rígido, pronto para qualquer ataque. Mas Luiza sentiu algo mais: não era apenas vigilância — era uma tensão carregada, quase elétrica, emanando de Lucas.
Ele surgiu das sombras como uma sombra viva, silencioso, mas a presença dele dominava o espaço. O sorriso frio e enigmático estava nos lábios, mas os olhos revelavam algo novo: urgência e um misto de medo e decisão. Luiza sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O rubi reagiu violentamente, pulsando como se quisesse alertá-la de um perigo iminente.
— Luiza — começou Lucas, a voz baixa, intensa —, há algo que nunca te contei. Algo que muda tudo.
Ela apertou o rubi com força, sentindo o calor subir pelo corpo. — Quero ouvir. Agora. — A determinação