O rugido do motor e o chacoalhar da estrada preenchiam os ouvidos de Emilia enquanto ela tentava controlar a respiração. Suas mãos estavam amarradas com força — a corda mordia sua pele — e a venda sobre os olhos a deixava completamente à mercê de seus captores. Cada sacudida do veículo aumentava sua desorientação, e o medo começava a se instalar como um peso sufocante em seu peito.
Tentava não se deixar consumir pelo pânico, mas as palavras de Alexander ecoavam em sua mente:
“A curiosidade não apenas mata o gato. Neste mundo, ela é esfolada viva, exibida para que todos possam ver e sirva como advertência, e eliminada para não causar problemas… compreende?”
Claro que compreendia. Agora mais do que nunca.
Minutos antes, estava amarrada a uma cadeira num depósito, avaliando suas opções e tentando se libertar das amarras enquanto a deixavam ali, abandonada. Cada tentativa só piorava a dor, mas isso não a impedia de continuar tentando.
A porta