Ana é uma jovem simples que foi criada em uma ilha, na Bahia. A primeira vez que pôs os pés na cidade grande foi aos dezesseis anos quando foi morar com seus tios para estudar. Nesse período conheceu Bruno, o rapaz gentil que se tornou como ela diz, seu namorido. Por mais que seu 'casamento' parecesse perfeito, ela sentia que precisava de algo mais. Em uma fase ruim de seu relacionamento o acaso a faz conhecer Hector, um dominador. Nesse 'encontro que durou poucos minutos, foi o suficiente para que ela sentisse a vontade de submeter, mesmo que naquele momento não soubesse o significado dessa palavra. ❤️❤️A partir desse dia, tudo o que ele mais queria era dominá-la e tudo que ela queria era submeter-se. ❤
Ler maisMORERÉ, ILHA DE BOIPEBA, BAHIA
Enfim chegou o dia, o dia de fazer a travessia, de ir ao encontro do novo, ao desconhecido. Confesso que estou ansiosa e, ao mesmo tempo, com medo das dificuldades que irei encontrar, pois, o que conheço do mundo são informações que obtive de revistas e jornais esquecidos por turistas ou através da única estação de rádio que chega o sinal na vila, onde seu assunto principal é política. Geralmente uma vez por semana vou à Velha Boipeba, onde assisto televisão nas pousadas e restaurantes que também possuem wi-fi, recebem sinal de uma única operadora que funciona na região. Nunca acessei a internet, na verdade, nem sei como fazê-lo.
O que será de uma menina como eu criada em um vilarejo que nem sinal de celular tem, na cidade grande? Aparelho esse que só tive em minhas mãos quando ganhei da minha tia quando fiz quinze anos. Uma menina que só entende de peixes, do mar, limpar casa e cozinhar. Uma menina que deu seu primeiro beijo, se é que posso chamar assim, aos catorze anos atrás da igrejinha e depois disso se arrependeu, pensou estar grávida. Que passou vários meses orando pedindo perdão a Deus por pecar, com medo de ser expulsa de casa por estar ‘gerando um filho’. Se não fosse uma revista esquecida por um casal de turistas no barco do meu pai, onde explicava sobre a sexualidade da mulher, e sobre gestação, estaria pedindo perdão até hoje.
Uma menina que foi criada para ser esposa de alguém, de cuidar do marido como minha mãe cuida do meu pai. Que foi ensinada pelo pai que o homem tem que zelar pelo bem-estar da família e satisfazer sua mulher, essa parte quando perguntava ele sempre dizia que quando eu fosse adulta entenderia, conclusão, até hoje não sei. Que o homem é chefe da família, é sua responsabilidade proteger, cuidar e principalmente amar sua esposa e filhos mais do que a si próprio, que eles sempre vêm em primeiro lugar.
Moreré é o meu lugar, é o meu paraíso.
Nossa vila tem menos de trezentos moradores. Aqui não precisamos de relógio, o nosso ritmo é determinado pela maré. Os turistas que chegam com sua pressa citadina, logo são envolvidos com a calmaria e a beleza da ilha. No amanhecer a maré baixa e que antes era oculto encoberto pelas águas, ficam diante dos nossos olhos e sob nossos pés. Metros e metros de areia, onde caminhamos até a água chegar nos joelhos.
Piscinas naturais são formadas, as pessoas que visitam a ilha, se divertem jogando bola, frescobol ou fazendo brincadeiras. Algumas apenas desfrutam do sol acariciando sua pele ou na sobra de uma amendoeira. Ao cair do sol, tudo desaparece sob as águas, trazendo sobre nós o céu mais lindo que já vi na vida, chega ser engraçado dizer isso, nunca estive fora da ilha, mesmo assim duvido que exista mais lindo. Incontáveis estrelas esbanjam sua beleza e excelência no meio da escuridão. Nunca me cansarei da beleza desse lugar, ele nunca é o mesmo, a cada subida da maré ele se transforma tornando se possível ainda mais belo.
Irei sentir saudades do meu tranquilo e lindo paraíso, de andar descalça, de ser beijada pelo sol todas as manhãs. Do som do barco do meu pai, do cheiro e sabor da comida da minha mãe. Minha mudança é inevitável, decidiram sobre meu futuro desde que me entendo por gente, quando eu fosse para o ensino médio iria residir na casa da irmã da minha mãe, tia Sônia, em Salvador, até terminar os estudos, encontrar um bom rapaz e me casar. Portanto.
Seja o que Deus quiser.
ANAEstou me sentindo a própria mulher gato, vestida nesse macacão de couro, chega dá vontade de fazer miau enquanto caminho pelo clube, seguindo os passos do meu Mestre gostosão. Assistimos uma cena em que a bottom está na cruz de St. André, sua Domme põe grampos de mamilo elétricos em cada bico do seu seio, ao vê-la gritando quando eles são ativados, faz com que lembre da sensação de tê-los sobre mim. Ela desliza sua língua até sua intimidade e a toma ferozmente. Seus gritos são misturados com gemidos. Um console é introduzido em sua vagina, meu corpo se arrepia, queria saber qual é a sensação de estar sendo observada por muitos, de estar sendo dominada enquanto meu prazer excita outras pessoas.No fim da sessão, Mestre Nig, me conduz até o grande salão onde costumam acontecer muitas cenas, ao mesmo tempo. Ao chegarmos, como se era esperado, havia algumas encenações. Diz algo para uma funcionária, em menos de um minuto ela retorna com alguns materiais de limpeza e higieniza o enorme
ANARealizei meu sonho de ter meu diploma em Propaganda e Marketing, demorou mais me formei, ainda sou jovem, tenho 29 anos e muita experiência, são quatro anos trabalhando ao lado do CEO que é dono de uma das mais conceituadas empresas no ramo, e de quebra ainda dou uns beijinhos nele e outras coisas a mais.Hector é fundamental na minha conquista, primeiro pela bolsa que conseguiu através do Sérgio a quem serei eternamente grata, e por todas as noites que esteve ao meu lado me ajudando em meus estudos.Foi organizado uma festa para todos os formandos, mas Hector e eu decidimos ter nossa, particular, convidei alguns colegas de turma, meus tios, minhas parceiras de fofoca da MarkB, meus sogros, cunhada e concunhado, Suzana e seu esposo que nunca comparece em nossas reuniões, e nossos amigos da vida, que não poderiam faltar. Hector queria alugar um salão ou fazer a festa no jardim, mas achei melhor o
HECTOR⸻ Ana, minha filha, você vai se atrasar, minha sogra grita do primeiro degrau da escada. Meus sogros, vieram para Salvador ontem, estão hospedados aqui em casa, hoje é a formatura da Ana, estamos muito felizes por essa conquista. Minha mulher e sub, é muito inteligente e dedicada, se tornou uma excelente profissional, trouxe leveza a empresa. Com certeza a MarkB é outra depois que Ana começou a trabalhar conosco, da mesma forma que sou outro homem e um Dom melhor depois que a conheci e a fiz minha. Agradeço a Deus todos os dias por ela ter entregado a mim seu amor e sua confiança.⸻ Estou indo, ela responde. Dois minutos depois, minha linda mulher desce as escadas, sua beleza estonteante é realçada em seu longo vestido preto. Quando se aproxima, lhe dou um beijo casto e seguro sua mão, seus pais são só elogio.Sentamo-nos na terceira fileira, ficamos próximo
ANA⸻ O branco da rosa representa a pureza do seu presente, ele diz olhando para mim enquanto caminho com meu Dom um passo à frente. Ela não desabrochada por completo, simboliza submissão. As pétalas ainda pouco abertas mostram que sua submissão ainda não desabrochou completamente, e que nunca vai desabrochar, uma submissa nunca irá chegar ao ponto de não ter nada para oferecer ao seu dono. Tomo para mim essas palavras, para que nunca eu chegue ao ponto de pensar que não tenho mais nada a oferecer. Quando paramos, Madame Lee nos coloca um de frente para o outro.⸻Já o vermelho, representa a paixão, desejo de proteger, possuir sem medir esforços, a qualquer custo. Mesmo que seja necessário colocar em risco a própria vida. A rosa-vermelha quase totalmente desabrochada, simboliza dominação. As pétalas abertas significam que ele estar pronto e é m
ANA⸻ Acabe seu café, vista-se que vamos sair.⸻ Para aonde vamos? Pergunto antes que ele passe pela porta do quarto.⸻ Moreré. Ele responde e saí do quarto sem dizer mais nada.Meus pais disseram que retornariam hoje, então imagino que passaremos o dia com eles. Arrumo minha mochila, meu nécessaire, biquíni, um vestido de alça florido. Pego outra roupa para o Hector e sua nécessaire.Na sala encontro um marido um tanto nervoso falando ao telefone, ao me ver se despede de quem quer que seja e pega minha mochila. No caminho para o carro, pergunto se está tudo bem, ele diz que sim. Sempre que ele está com algum problema, o deixo à vontade, no seu tempo para me contar ou não. Em sua maioria são relacionados ao trabalho e quando estamos fora da empresa evitamos falar sobre a mesma, lógico que têm as suas exceções, algumas situaç
ANAAo contrário do eu pensava, meu deus negro me proporcionou uma noite romântica. Acordei por volta das nove horas e ele não estava na cama. Tomei outro banho, vesti um vestidinho leve sem calcinha e sutiã, toda mal-intencionada, para mim, teria uma noite como a interior. Chegando na sala me deparei com ela a meia luz, caminhei e encontrei a mesa de jantar linda, decorada com velas, flores e taças dispostas, juntos aos dois pratos e talheres. Pensei. Será que Hector tinha isso tudo aqui, na casa de praia? Já estive aqui outras vezes e nunca vi essa louça requintada.Hector surgiu com uma travessa em suas mãos e colocou sobre a mesa, aspirei o delicioso cheiro.⸻ Hum! Lasanha, eu disse. Ele riu. Amo demais, principalmente a lasanha do Hector, que é com molho branco e bastante requeijão.Ele deu a volta na mesa e me surpreendeu com um beijo longo e apaixonado, meu marido estava
Último capítulo