Enquanto descíamos o altar, senti-me completamente alheia àquele momento. Os poucos convidados presentes nos cumprimentaram, alguns com sorrisos forçados, outros com olhares curiosos. Eu apenas sorria e agradecia, respondendo mecanicamente, ainda absorvendo o que havia acabado de acontecer.
Depois da cerimônia, fomos direcionados para uma pequena recepção para cumprimentar os convidados. Não houve festa, apenas uma reunião breve e fria, em um ambiente igualmente impessoal. As palavras de parabéns e votos de felicidade pareciam automáticas, ditas mais por obrigação que por qualquer genuíno desejo de alegria para o casal. Eu agradecia, esboçava sorrisos, mas tudo o que sentia era um vazio crescente.
Observei Leonardo interagir com as pessoas ao nosso redor, sempre impecável, seguro, e com a mesma expressão séria. Ele estava completamente à vontade, como se aquilo fosse apenas mais um evento da sua rotina, enquanto eu me sentia afundando em uma realidade da qual não sabia se algum dia co