Eu andei pelos corredores da agência com passos rápidos, sentindo a cabeça latejar de tão confusa e irritada. As palavras de Flávia ainda ecoavam na minha mente.
— Dois anos de contrato... para o bem da agência."
Eu entendia o lado dela, mas era impossível ignorar a sombra que Shell poderia lançar sobre o meu relacionamento com Jonh.
Quando cheguei na porta da sala onde ele estava, hesitei. Por um momento, fiquei ali, com a mão na maçaneta, respirando fundo.
"Você confia nele, Hana," repeti para mim mesma como um mantra.
Mas confiança precisava de diálogo, e eu sabia que precisava enfrentá-lo com calma, apesar da tormenta dentro de mim.
Abri a porta devagar. Jonh estava sentado à mesa, com as mãos entrelaçadas e os cotovelos apoiados, parecendo tão perdido em pensamentos quanto eu.
Ele levantou os olhos ao ouvir a porta e, ao me ver, se ajeitou na cadeira, visivelmente preocupado.
— Hana...
Ele começou, sua voz suave, mas carregada de tensão.
— Eu estava pensando em ir te procur