A garganta me queimava, um nó de angústia me sufocava. Respirei fundo, tentando controlar a tremedeira que me percorria. "Aceitam café?", perguntei, a voz saindo quase como um sussurro. Fui até a cozinha, meus passos hesitantes ecoando no silêncio tenso da casa. A bandeja de porcelana, fria sob meus dedos trêmulos, carregava xícaras fumegantes de café recém-feito. Sirvi a todos, mas minha sogra recusou com um gesto seco da mão.
__"Café não vai resolver nada...", ela murmurou, a voz carregada de amargura.
__"Mamãe, Clara não tem culpa de nada", Ethan interveio, sua voz tensa.
__"Ela está prenha! Como não pode ter culpa? Se não tivesse ido para a sua cama ...", a voz de minha sogra cortou o ar como uma lâmina.
A raiva explodiu dentro de mim, um vulcão prestes a entrar em erupção. Não resisti. Arremesssei a bandeja contra o chão, o estrondo do impacto quebrando o silêncio opressor. Cacos de porcelana se espalharam, o café quente se derramou, pintando o chão de um marrom escuro e fedor