Três meses se passaram desde o nascimento de Samuel, e a casa estava em plena ebulição. O bebê havia trazido consigo não apenas noites mal dormidas, fraldas e mamadas a cada três horas, mas também uma energia doce que preenchia todos os espaços.
Samuel era um bebê tranquilo, de olhar curioso e sorriso fácil. Adorava o som da voz de Aurora, dormia ao som das histórias de Valentina e parava de chorar sempre que ouvia o assobio desafinado de Lorenzo tentando ninar.
Isabela, mesmo ainda em processo de recuperação física e emocional, se sentia mais inteira do que nunca. Apesar do cansaço, das olheiras e da rotina intensa, havia um brilho novo em seus olhos — o brilho de quem sabia que estava vivendo algo precioso.
Lorenzo assumira com naturalidade o papel de pai presente. Tornou-se especialista em trocar fraldas em tempo recorde, preparar mamadeiras, dar banhos e cantar músicas de ninar — mesmo que suas versões improvisadas de clássicos infantis envolvessem trechos de forró e refrões inven