Alfa Karim
— Reúnam-se! — rugi para o céu escuro.
Meus guerreiros saíram rapidamente de suas tendas, temendo minha ira se perdessem mais um segundo lá dentro. Eles se formaram em frente à minha tenda.
Era madrugada e caía uma garoa fina. Eu não havia pregado os olhos desde a noite anterior porque estive observando Laika em busca do menor sinal de vida na tenda do curandeiro. O curandeiro, que temia provocar seu mestre, ficou de vigília comigo a noite toda. Ele ficou sentado num canto de sua tenda me observando segurar as mãos frias de Laika e ia concordando com a cabeça até cair da cadeira.
Em outra ocasião, eu teria tido pena dele e pedido que fosse dormir, mas este era um momento de fúria. Eu estava furioso, com raiva de todos eles, e todos mereciam minha ira. Ele tinha me dado sua palavra de que ela estava viva. Embora ela estivesse muito fraca, eu queria observá-la e ver a menor mudança.
Ela estava deitada de bruços, nua sob a pele que a cobria. Suas costas estavam marcadas com ver