LAIKA
Eu já divisava os limites do bando quando tentei conectar-me a Sekani pela mente, mas a ligação estava bloqueada. Mesmo cambaleante, avancei. Cada músculo ardia, embora as feridas se fechassem depressa — Joy transbordava força. Assim que ultrapassei a orla da floresta, deparei com vários guerreiros tombados, e um frio cortante percorreu-me a espinha: não pertenciam ao bando Titã. Ajoelhei-me, vasculhei os cadáveres e arranquei a espada da mão de um deles. O sangue ainda estava morno, sinal de que o algoz não devia estar longe.
— Laika! — Chamou a voz que eu conhecia bem demais.
Ergui o rosto e encontrei Khalid aproximando-se, o sorriso demoníaco estampado. O ódio incendiou meu peito; queria arrancar-lhe a vida ali mesmo. Endireitei-me, cravando o olhar nele.
— Agora você tem coragem. — Provocou ele, circulando ao meu redor. Apertei o punho da espada até sentir o ferro ranger.
Se alguém me dissesse que um dia eu encararia meu pior pesadelo assim, duvidaria. Fitei-o:
— Seu filho da