Antonella
Não sei exatamente quando as coisas começaram a mudar. Talvez tenha sido naquela sala trancada, quando eu finalmente disse que era dele, mesmo antes de entender o que aquilo significava pra mim.
Ou talvez seja pelo que foi dito na nossa última entrega duas noites atrás. Eu deixei claro para ele que não iria mais lutar sozinha. Tenho certeza que ele entendeu que eu abri a porta, escancarei pra ele entrar.
Mas depois daquele dia, comecei a evitá-lo feito uma adolescente envergonhada que confessou para o crush que gosta dele. Não porque eu quisesse distância, e sim porque estava sem jeito… ou medo de gostar demais do que eu sentia quando ele me tocava, medo de voltar a ser completamente dele. Mas o corpo… o corpo já não obedecia a esse medo.
Eu não conseguia mais recusar um beijo dele. Eu não conseguia mais sair do quarto quando ele chegava perto com aquela voz rouca, com aquele jeito firme, possessivo e humano ao mesmo tempo. Eu já não pensava tanto no contrato. Já não import