Oi, meus leitores! Espero que vocês estejam bem.
Esse é meu primeiro livro e coloquei meu coração nele. Espero que sintam e vejam a história como eu vi e senti e viajem pelo mundo em que eu vivo quando escrevo. Curtam muito o livro e sigam a autora, pois Os 7 Pecados Capitais terá continuação. Beijos! --- CAPÍTULO 1: O INÍCIO DE TUDO Houve um tempo em que os gigantes esculpiam montanhas com as mãos nuas, as fadas dançavam em florestas de cristal e os demônios brindavam com vinho sob a luz de duas luas. A Terra era uma tapeçaria de raças, tecida com magia e sangue. Mas o equilíbrio é frágil, e a ganância dos deuses, ainda mais. Nas ruínas de um mundo outrora grandioso, Andrômeda observava o céu, o olhar perdido entre as estrelas. O eco da voz de Kael era longínquo, mas presente. Ela sentia o sangue escorrer entre os dedos, que freneticamente pressionavam o ferimento profundo em seu ventre. — AHHHHHH! O grito de Kael rompeu a planície destruída. A terra rachada se estendia até onde os olhos podiam ver. O cheiro de cinzas e sangue impregnava o ar, enquanto nuvens negras rodopiavam no céu como presságios de um destino inevitável. A dor era evidente em sua voz, como se um membro tivesse sido arrancado de seu corpo. — Abre os olhos, por favor… Por favor... abre os olhos, And... por favor... AAHHHHHH! O desespero de Kael deixava o ar cada vez mais pesado. Seu corpo saltava em espasmos involuntários, como se nem ele mesmo aceitasse a morte de Andrômeda. — Já a condenou, demônio. Ao menos deixe-a descansar em paz. A voz de Azrael cortou o silêncio como uma lâmina fria. Kael ergueu o rosto, os olhos âmbar ardendo de fúria. — Ela era uma sacerdotisa! Por que matá-la? — Ela era uma traidora — Azrael manteve a voz firme. — Traiu sua raça para ficar ao lado de um demônio. Não há nada mais abominável que traição, há? O golpe veio rápido. Kael não se defendeu. Apenas ergueu o braço, permitindo que a lâmina cortasse sua carne, e se virou para revelar sua verdadeira face. — Matou minha mulher por uma lei criada por uma velha que nem está mais viva? — Leis existem para manter a ordem. Demônios e anjos não fi... — Eu não me importo com a ordem! — gritou Kael, agarrando Azrael pelo pescoço e erguendo-o do chão como se fosse um boneco. — Vai me dizer como trazer Andrômeda de volta… ou vou lhe mostrar por que os mortais temem o inferno. O olhar dourado de Kael perfurava a alma do anjo. Azrael engoliu seco e, pela primeira vez, o medo nasceu em seu peito. Mesmo sendo um arcanjo, ele não podia esquecer que Kael era o futuro rei dos demônios — e que destruiu sozinho metade do exército celestial. — Trazer And de volta? — ele arfou. — Andrômeda. Pra você e pra sua corja maldita, o nome dela é Andrômeda — a voz de Kael era um rosnado. — E sinta-se privilegiado por poder dizer o nome dela. Vermes como você não merecem sequer pensar em algo tão puro e perfeito. — Ela não era perfeita — Azrael sorriu com desdém. — Ninguém é. Todos têm pecados. O dela foi confiar em um demônio. Ela morreu para que as deusas perdoassem esse erro. Kael abaixou a cabeça por um instante. O silêncio que se seguiu parecia pesar mais do que qualquer sentença. Então, ergueu o rosto. O luto ainda o sufocava. Mas, enquanto olhava para Azrael, uma nova emoção tomou seu lugar: a fúria. Seu peito subia e descia pesadamente, os olhos âmbar queimando. O sorriso veio, então. — Você veio para me matar? Azrael manteve o olhar fixo em Kael. — Não. Só quero o corpo dela. As mãos de Kael tremularam em chamas azuis — chamas que ele fora obrigado a praticar por 20 horas por dia, até que conseguisse conjurá-las com maestria. Ele olhou os malditos olhos azuis de Azrael. Os olhos da mulher que jamais tocaria outra vez. Não veria o sorriso. Nem os soluços irritantes depois de tomar muita cerveja. Kael o soltou. — Não vou matá-lo. Meu colírio odiaria ver mais sangue derramado. Mas, para o seu bem… saia. E não volte. Azrael caiu de joelhos, sem ar. Por um momento, tudo ficou quieto. Mas, com um movimento traiçoeiro, Azrael atacou pelas costas. — Agradeço por respeitar a memória dela, mas eu não preciso da sua gentileza. Kael desviou da lâmina com precisão brutal. Agarrou o braço do anjo e o torceu. Um estalido seco rompeu o silêncio da planície devastada. Azrael gritou, mas Kael não lhe deu tempo para reagir. — Sempre me perguntei se você era imortal. Mas assassinos não têm vida eterna — Kael disse. Com um golpe certeiro, suas garras perfuraram o peito do traidor, atravessando-o de lado a lado. O mundo ficou em silêncio quando Azrael caiu, seu sangue escorrendo sobre a terra devastada. Kael olhou para as próprias mãos, ainda tremendo de fúria. A voz de Andrômeda ecoava em sua mente: "Promete-me que não se perderá na escuridão." Mas a escuridão era tudo o que lhe restava.