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Os Sete Pecados Capitais
Os Sete Pecados Capitais
Por: Sofia Rivera
CAPÍTULO 1: O INÍCIO DE TUDO

Oi, meus leitores! Espero que vocês estejam bem.

Esse é meu primeiro livro e coloquei meu coração nele. Espero que sintam e vejam a história como eu vi e senti e viajem pelo mundo em que eu vivo quando escrevo.

Curtam muito o livro e sigam a autora, pois Os 7 Pecados Capitais terá continuação.

Beijos!

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CAPÍTULO 1: O INÍCIO DE TUDO

Houve um tempo em que os gigantes esculpiam montanhas com as mãos nuas, as fadas dançavam em florestas de cristal e os demônios brindavam com vinho sob a luz de duas luas. A Terra era uma tapeçaria de raças, tecida com magia e sangue. Mas o equilíbrio é frágil, e a ganância dos deuses, ainda mais.

Nas ruínas de um mundo outrora grandioso, Andrômeda observava o céu, o olhar perdido entre as estrelas. O eco da voz de Kael era longínquo, mas presente. Ela sentia o sangue escorrer entre os dedos, que freneticamente pressionavam o ferimento profundo em seu ventre.

— AHHHHHH!

O grito de Kael rompeu a planície destruída. A terra rachada se estendia até onde os olhos podiam ver. O cheiro de cinzas e sangue impregnava o ar, enquanto nuvens negras rodopiavam no céu como presságios de um destino inevitável.

A dor era evidente em sua voz, como se um membro tivesse sido arrancado de seu corpo.

— Abre os olhos, por favor… Por favor... abre os olhos, And... por favor... AAHHHHHH!

O desespero de Kael deixava o ar cada vez mais pesado. Seu corpo saltava em espasmos involuntários, como se nem ele mesmo aceitasse a morte de Andrômeda.

— Já a condenou, demônio. Ao menos deixe-a descansar em paz.

A voz de Azrael cortou o silêncio como uma lâmina fria.

Kael ergueu o rosto, os olhos âmbar ardendo de fúria.

— Ela era uma sacerdotisa! Por que matá-la?

— Ela era uma traidora — Azrael manteve a voz firme. — Traiu sua raça para ficar ao lado de um demônio. Não há nada mais abominável que traição, há?

O golpe veio rápido. Kael não se defendeu. Apenas ergueu o braço, permitindo que a lâmina cortasse sua carne, e se virou para revelar sua verdadeira face.

— Matou minha mulher por uma lei criada por uma velha que nem está mais viva?

— Leis existem para manter a ordem. Demônios e anjos não fi...

— Eu não me importo com a ordem! — gritou Kael, agarrando Azrael pelo pescoço e erguendo-o do chão como se fosse um boneco. — Vai me dizer como trazer Andrômeda de volta… ou vou lhe mostrar por que os mortais temem o inferno.

O olhar dourado de Kael perfurava a alma do anjo. Azrael engoliu seco e, pela primeira vez, o medo nasceu em seu peito. Mesmo sendo um arcanjo, ele não podia esquecer que Kael era o futuro rei dos demônios — e que destruiu sozinho metade do exército celestial.

— Trazer And de volta? — ele arfou.

— Andrômeda. Pra você e pra sua corja maldita, o nome dela é Andrômeda — a voz de Kael era um rosnado. — E sinta-se privilegiado por poder dizer o nome dela. Vermes como você não merecem sequer pensar em algo tão puro e perfeito.

— Ela não era perfeita — Azrael sorriu com desdém. — Ninguém é. Todos têm pecados. O dela foi confiar em um demônio. Ela morreu para que as deusas perdoassem esse erro.

Kael abaixou a cabeça por um instante. O silêncio que se seguiu parecia pesar mais do que qualquer sentença. Então, ergueu o rosto. O luto ainda o sufocava. Mas, enquanto olhava para Azrael, uma nova emoção tomou seu lugar: a fúria. Seu peito subia e descia pesadamente, os olhos âmbar queimando. O sorriso veio, então.

— Você veio para me matar?

Azrael manteve o olhar fixo em Kael.

— Não. Só quero o corpo dela.

As mãos de Kael tremularam em chamas azuis — chamas que ele fora obrigado a praticar por 20 horas por dia, até que conseguisse conjurá-las com maestria.

Ele olhou os malditos olhos azuis de Azrael. Os olhos da mulher que jamais tocaria outra vez. Não veria o sorriso. Nem os soluços irritantes depois de tomar muita cerveja.

Kael o soltou.

— Não vou matá-lo. Meu colírio odiaria ver mais sangue derramado. Mas, para o seu bem… saia. E não volte.

Azrael caiu de joelhos, sem ar.

Por um momento, tudo ficou quieto. Mas, com um movimento traiçoeiro, Azrael atacou pelas costas.

— Agradeço por respeitar a memória dela, mas eu não preciso da sua gentileza.

Kael desviou da lâmina com precisão brutal. Agarrou o braço do anjo e o torceu. Um estalido seco rompeu o silêncio da planície devastada. Azrael gritou, mas Kael não lhe deu tempo para reagir.

— Sempre me perguntei se você era imortal. Mas assassinos não têm vida eterna — Kael disse. Com um golpe certeiro, suas garras perfuraram o peito do traidor, atravessando-o de lado a lado.

O mundo ficou em silêncio quando Azrael caiu, seu sangue escorrendo sobre a terra devastada. Kael olhou para as próprias mãos, ainda tremendo de fúria. A voz de Andrômeda ecoava em sua mente:

"Promete-me que não se perderá na escuridão."

Mas a escuridão era tudo o que lhe restava.

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