Bella…
O dia do casamento aproximava‑se rapidamente. Eu já havia feito as unhas para a cerimônia e encontrara o vestido perfeito. Sabia que não passaria de um matrimônio de conveniência, mas, ainda assim, sentia‑me animada; não sei bem por quê, porém tudo parecia incrivelmente certo.
Naquela noite — minha última como mulher “livre” —, em vez de sair para uma boate, preferi ficar em casa vendo filmes. Espalhei meus petiscos sobre a cama e assistia “Até ao Inferno” quando Valentina entrou com uma caixa nas mãos.
— Você tem um presente. — Ela sorriu de canto ao se aproximar.
— Um presente? De quem? — Pausei o filme e aceitei o embrulho.
— Do seu futuro marido. — Seu sorriso ampliou‑se.
— Obrigada, Val.
Ela assentiu e deixou o quarto. Fitei a caixa, abrindo‑a com cuidado. Por que ele me enviaria um presente? Seria algum aviso?
Dentro, repousava um belíssimo conjunto de diamantes: colar e brincos combinando. Sob as joias, um bilhete: “Mal posso esperar para vê‑la usando isto.” A caligrafia