Ace…
Saí da academia decidido a encontrar meus pais. Jurava que mataria meu irmão por tê‑los deixado entrar. Eu não tinha tempo algum para discutir casamento e sabia que era exatamente por isso que estavam ali.
Ao entrar na sala de estar, avistei‑os. Mãe trajava um vestido branco; pernas cruzadas, costas eretas no sofá. Pai permanecia à janela, um cigarro entre os dedos.
— Meu querido filho. — Mãe sorriu quando me viu, os olhos castanhos encontrando os meus azul‑oceano. Ela permaneceu sentada, sem sequer tentar me abraçar. Eu sabia que não o faria depois de me ver com as roupas de academia — detesta que um corpo suado a toque.
— Filho. — Pai cumprimentou‑me sem se virar, ainda fumando enquanto olhava pela vidraça.
Não tive tempo para essa besteira.
— Por que vocês estão aqui? — Cruzei os braços.
Pai soltou um riso curto, e o sorriso de Mãe se desfez. — Ela odiava ser questionada.
— Filho, não seja assim. Só viemos ver como você está. — Os lábios vermelhos arquearam‑se.
— Poupem o papo