Rosa…
Eu me encaminhava para o parque onde Ashton e eu havíamos combinado de nos encontrar. Aquele dia representava nosso primeiro treino de corrida em conjunto e, apesar de Ashton ter me lembrado, na noite anterior, ao término do meu turno, de que eu deveria chegar pontualmente, confesso que não esperei ser levado tão a sério; para ser sincera, ainda me surpreendia o fato de ele realmente ter se comprometido com aquela ideia.
Talvez tudo não passasse de uma provocação, como a que ocorrera no restaurante outro dia – desde então, ele sequer havia tentado me beijar novamente. De um lado, sentia um certo alívio por continuar casada; de outro, uma vontade quase desesperada me consumia, quase a ponto de eu gritar de desejo. Ansiava, de maneira intensa, sentir novamente o gosto de seus lábios, mas logo me recordava que ele era meu chefe e que eu era casada – jamais desejava ser rotulada de forma desonrosa, especialmente considerando que Armando certamente alegaria que fui eu quem o traiu.
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