Magnus
Gabriela ainda estava aninhada contra meu peito, sua respiração quente e ritmada contra minha pele. Seu corpo se encaixava no meu como se pertencesse ali, e por um instante, eu quis me perder naquela sensação.
Ela era conforto.
Era presença.
Mas, ao mesmo tempo, era o próprio caos dentro de mim.
Minha mente ainda era um campo minado, cheio de buracos onde lembranças deveriam estar. Mas o desejo de tê-la comigo não exigia lembranças. Era instintivo.
Ela suspirou suavemente e se afastou apenas o suficiente para me encarar. Seus olhos eram um oceano de sentimentos, uma mistura de ternura e dor.
"Você precisa descansar," murmurou, deslizando os dedos pelo meu rosto, afastando uma mecha do meu cabelo.
"Não quero dormir," resmunguei, segurando seu pulso, sentindo o calor da pele dela.