Peter
O silêncio em meu escritório era sufocante, mas não de um jeito calmo e reconfortante. Era o tipo de silêncio que amplifica os pensamentos sombrios, que traz à tona as falhas e os erros que eu preferia esquecer. Sentado à minha mesa, encarava a tela do computador com frustração crescente.
O que antes era um fluxo constante de dinheiro entrando e saindo de contas cuidadosamente manipuladas agora estava morto. Cada tentativa de acessar os sistemas que eu dominava resultava no mesmo resultado: acesso negado.
“Malditas cretinas,” murmurei entre dentes, apertando o mouse com tanta força que o plástico rangeu. “Nádia, Layla... vadias incompetentes.”
Elas eram peças-chave nos meus esquemas dentro da MGroup, mas agora estavam fora de cena, presas, e meu castelo de cartas desmoronava diante dos meus olhos. Com a ausência delas, min