Assim que abro a porta do meu quarto para sair, a presença de Thorne se impõe do outro lado, como se ele estivesse me esperando. Sua mão está erguida, fechada em um punho firme, prestes a bater contra a madeira maciça da porta. Por um instante, tudo congela. O choque da surpresa nos atinge ao mesmo tempo, refletido no breve momento de tensão em seus olhos âmbar e na forma como meu peito se aperta com a súbita proximidade. O susto é inevitável, um choque silencioso que se dissolve em uma risada desconcertante vinda de nós dois.
Thorne dá um passo para trás, criando um espaço mínimo entre nós, mas a intensidade de seu olhar permanece. Seus olhos percorrem meu rosto com uma curiosidade velada, descendo lentamente por todo o meu corpo até se fixarem em minhas pernas. Sinto o calor subir pelas m