Thorne
“Podemos conversar?” Darius questiona, sério, a voz dele cortando o silêncio do cômodo como uma rajada fria, o coração acelerado com uma apreensão que faz meus músculos se tensionarem.
Estou em meu escritório e encaro Darius com frieza, os olhos fixos nos dele. As coisas entre nós só pioraram desde a nossa última discussão, uma rachadura que se alarga a cada dia. Ele tem faltado ao trabalho e quase não o vejo, a ausência dele me deixando com uma irritação latente que ferve sob a superfície, o vazio de sua lealdade perdida me consumindo.
“Sim, fique à vontade,” respondo, formalidade na voz me ancorando, o tom controlado apesar da raiva que pulsa.
Ele fecha a porta atrás de si, o clique ecoando como um veredito, e se aproxima da minha mesa, os passos deliberados no tapete. Noto que ele está carregando um envelope fino, o coração apertado com uma intuição sombria.
“Vim entregar a minha carta de demissão,” ele informa, sério, a declaração me atingindo como um trovão, o choque me de