Ele quis rasgar os papéis do divórcio.
Mas percebeu que aquilo talvez fosse a última coisa que ela lhe deixara.
Se destruísse, não teria nem mesmo essa lembrança.
Frederico traçou repetidamente o nome de Alva com a ponta dos dedos, seus olhos inundados de saudade.
— Alva, foi minha culpa. Eu nunca deveria ter tido outra mulher. Eu só amo você!
— Pode me bater, me xingar, fazer o que quiser, mas por favor, não me deixe.
— Eu não posso viver sem você, Alva...
Ele repetiu palavras de arrependimento inúmeras vezes, até sua voz se tornar rouca.
Mas a pessoa que deveria ouvi-las... não estava ali.
Tudo parecia em vão.
— Alva, eu não assinei nada. Enquanto eu não assinar, ainda somos casados. Eu vou encontrar você!
Seus olhos endureceram, cheios de determinação.
Ele não a deixaria partir.
Ela sempre fora dele. Ele podia admitir seus erros, mas jamais aceitaria perdê-la.
Com uma expressão resoluta, Frederico guardou cuidadosamente os papéis do divórcio como se fossem um tesouro.
Ainda tinha su