Cap.153
Lúcios assentiu, a expressão se tornando ainda mais séria. O peso de três vidas recém-nascidas descansava sobre ele, e a frieza que mostrava era o único escudo para não sucumbir ao pânico que sentia por dentro.
Ele sabia que qualquer erro significaria perder tudo de uma só vez: Ângela e seus três filhos. Porque, se apenas um deles morresse, ele não teria mais estrutura para salvar ninguém, já que estaria perdendo um filho.
A cirurgia começou. Cada bebê estava em uma incubadora, com aparelhos monitorando respiração, batimentos cardíacos e saturação de oxigênio.
Lúcios respirava fundo e movimentava-se com precisão quase cirúrgica, quase sobre-humana, mantendo a calma enquanto pegava aqueles corpos minúsculos em suas mãos. Cada gesto era cuidadoso, como se fosse o último.
— Continuem observando Ângela — ordenou a Arthur, que permanecia junto a ele, observando tudo. — Ela está instável. Precisa de outra cirurgia, mas não podemos arriscar as crianças agora.
— Aguentem firme — murmu