Cap.142
Chegando à porta do laboratório, ela segurou a maçaneta. O coração acelerou.
“Calma, é só a Abigail” — pensou, sentindo um aperto no peito. Ela encarou Júnior, a alguns metros de distância, ainda a observando.
Empurrou a porta, e o ar químico do ambiente a envolveu. Frascos brilhavam nas prateleiras sob a luz fria. Mas… não havia sinal da amiga. Quando entrou e seguiu ao redor da mesa, afastando-se da porta, seu sangue gelou nas veias.
Um movimento à frente, uma sombra que se destacou. Quando seus olhos se ajustaram, viu Rafael parado no meio da sala, encostado à bancada, com um sorriso sombrio nos lábios.
Ângela recuou instintivamente, mas ele avançou rápido, fechando a porta atrás dela com um estrondo.
— Nem pense em fugir — murmurou, a voz baixa e carregada de ameaça.
O corpo dela travou. O coração batia descompassado. O instinto gritava para correr, mas não havia saída. Rafael a tinha encurralado.
— Nem pensar… — Rafael a puxou bruscamente pelo braço, impedindo que ela se