17. O PESADELO
A noite avançava lenta, quase interminável, dentro daquele quarto impregnado de segredos. Leonardo permanecia deitado, imóvel, o rosto voltado para o teto, mas os olhos semicerrados denunciavam que o sono não chegava. Seus pensamentos eram labirintos, e a respiração compassada que mantinha era apenas uma máscara para esconder a vigília. Ao lado dele, Isabela finalmente sucumbiu ao cansaço. Porém, seu descanso não trouxe alívio.
Logo, o silêncio enganador do ambiente foi rompido por um mundo sombrio que se formava em sua mente.
No sonho, Isabela caminhava sozinha. O corredor era estreito, sem janelas, iluminado apenas por uma claridade difusa que não revelava sua origem. Cada passo seu ecoava, repetindo-se como se fosse prisioneira de uma caverna infinita. O ar era pesado, denso, e as paredes pareciam se mover, aproximando-se lentamente, como se quisessem esmagá-la.
Ela levou a mão ao peito, sentindo um peso estranho que lhe roubava o ar. Então, olhou para baixo. O choque a fez estreme