CAPÍTULO 17

CAPÍTULO 17

Deve haver um lugar onde se possa descansar em paz. Imune ao sofrimento e falsidade do ser humano que vive dia-após-dia de uma forma gananciosa. Todos um dia serão ex-alguma coisa — refletia Melissa debruçada na janela, de onde podia ver o clarão das luzes do povoado de Silvestre.

O céu estava límpido reinando no seu infinito espaço em companhia das estrelas. Dali a poucos dias seria noite de lua cheia. Lembrou-se do convite de Galeano para irem ver as luzes dançantes na igreja de pedra. Ela nem sabia onde ele estava naquele momento. Estaria na estrada viajando de volta para a sua terra natal? No povoado descansando nos braços de outra mulher? Talvez pensando nela? Eram perguntas sem respostas. Apaixonara-se por ele e sofria novamente. Uma mulher praticamente condenada, além de ser enclausurada numa cela estava também condenada a amar um homem que não pertencia ao seu mundo. Sentiu as lágrimas descerem do

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