POV: NICHOLAS BLACKWELL
A GUERRA FRIA
O som da porta da cobertura se fechando foi quase inaudível, mas ecoou em meus ouvidos. Hannah havia partido. Mas o cheiro de pêssego e rosas – o cheiro dela – ainda pairava no ar.
Ela estava certa. Eu era o chefe dela. E a última coisa que Hannah precisava era de mais uma complicação, especialmente uma vinda de mim. Mas o "nós" da noite anterior estava gravado na minha pele. Não era apenas desejo; era uma conexão visceral, algo que me puxava para ela com uma força inegável. E a frustração em sua voz, o medo de ser questionada, a raiva do que Adrian havia feito – tudo isso me atravessou.
Meu celular, abandonado na bancada, começou a vibrar insistentemente assim que ela sauiu. Um olhar bastou para ver os vários IDs de chamada bloqueados: Blackwell Holdings. O mundo real, e o que eu tentava manter longe dela, estava me chamando de volta.
Respirei fundo, tentei afastar a frustração de ela ter mais uma vez fugido e resolvi atender. Me infernizar