POV: HANNAH SIMMONS
QUANDO O CORAÇÃO É A CASA QUE ELE SEMPRE VOLTA
O cheiro do café da manhã ainda pairava no ar quando acompanhei Nicholas até a garagem. Ele tinha um voo para Genebra — quatro dias. Apenas quatro dias, mas meu peito já pesava como se fossem semanas.
— Tenta não se meter em nenhuma briga corporativa, pelo menos até o almoço. — provoquei, tentando aliviar a tensão.
Ele riu, mas havia uma sombra nos olhos dele. Um tipo de preocupação que não dizia em voz alta. Nicholas era assim. Guardava o caos todo dentro dele pra não me contaminar. Mas eu sentia.
— Quatro dias, Hannah. E eu volto. — A mão dele estava firme na minha cintura. A outra em meu rosto. — Você vai estar segura. Sempre.
Beijei-o com força, como se pudesse enterrar nele o que ainda não sabia explicar. O medo, a intuição, o receio que aquele voo o levasse pra um mundo que eu não conseguia alcançar.
— Volta logo. — sussurrei.
E então ele partiu.
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Os dias seguintes foram estranhamente silenciosos.
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