Entrei no meu quarto, sentindo como se meu coração estivesse martelando rápido demais, e minhas mãos tremiam. Caminhei até a cama e sentei na beirada, levei a mão aos lábios e os acariciei por um momento, ainda podia sentir a sensação formigante do toque de seus lábios nos meus.
— Está tudo bem, senhorita? — perguntou Amelia.
Eu a encarei e não fiz nenhum gesto.
— Quer que eu chame o médico? — perguntou ela, preocupada.
— Não é necessário, só estou um pouco confusa — disse a ela.
Me deitei de costas na cama e olhei para o teto, baixei minha mão lentamente até deixá-la em meu abdômen, era tão ridículo que, do nada, começasse a sentir como centenas de borboletas revoluteavam em meu estômago.
— Ele me beijou — disse a ela.
Senti o colchão afundar ao meu lado, virei a cabeça em direção a Amelia, que me olhava com um sorriso enorme.
— Eu gosto dele, acho que ele é muito bom, assim como você — disse ela.
Me sentei novamente e olhei nos olhos de Amelia.
— E se ele fizer isso apenas