A madrugada caiu espessa e densa sobre o chalé, carregada de uma quietude incômoda. Lá fora, o vento sussurrava entre as árvores, e as estrelas mal brilhavam no céu nublado. Dentro do quarto, Andrew se revirava na cama, suando frio.
O pesadelo parecia real demais.
Ele via Bridget chorando, via Laura... gritando. Depois, flashes. Alianças. Sangue. Uma mala aberta. Um contrato. Tudo bagunçado.
Com o coração acelerado, ele se sentou na cama, passando a mão pelos cabelos. Precisava de água.
Desceu os degraus com cuidado, descalço, guiando-se apenas pela luz fraca da lua que atravessava a vidraça da sala.
Na cozinha, a geladeira iluminava uma figura de costas.
Bridget.
Ela se virou no susto, segurando um copo de água.
— Andrew?
— Sonhei com você... de novo — ele disse, ainda ofegante. — Era confuso. Mas eu sabia que... você era importante. Eu sentia.
Ela manteve o olhar nele, sem saber o que dizer.
— Eu senti que estava perdendo você... e isso me destruía por dentro. — completou ele, a voz