A mansão Tulipa Azul surgiu diante dos olhos de Bridget como um refúgio antigo, mas também como uma prisão silenciosa. Sentia-se exausta, frágil, mas determinada a manter seu segredo… ao menos por enquanto.
Maxwell estacionou o carro e correu para abrir a porta do passageiro. Ajudou-a com delicadeza, como se cada toque precisasse ser medido.
— Pode me soltar, Max… já estou em casa — disse ela com um leve sorriso cansado.
— Só depois de ter certeza de que vai entrar inteira — ele retrucou, firme.
Quando atravessaram o saguão, encontraram a vovó Nívea sentada em sua poltrona de sempre, com Melinda ao lado e Cida se aproximando com um avental florido e um pano de prato nas mãos.
— Bridget! — exclamou Melinda, levantando-se. — Graças a Deus! Você está com uma cara tão abatida, meu anjo.
— Foi só um mal-estar — Bridget tentou suavizar. — Já estou melhor.
— Nós já mandamos a Cida preparar caldos fortificantes, sucos verdes e tudo que possa aumentar sua imunidade — explicou Melinda. — Acredi