O som veio suave, abafado, quase como um sussurro vindo do fundo de um mundo que ela não conseguia mais controlar.
Tum-tum. Tum-tum. Tum-tum.
Bridget fechou os olhos no mesmo instante em que ouviu o pequeno coração pulsando dentro de si.
Era real.
Estava ali.
Ela quis sorrir, mas a lágrima que escapou primeiro foi de medo. Medo do que viria. Medo de não conseguir.
E se o tratamento afetasse o bebê? E se ela tivesse que escolher? E se não houvesse tempo?
As mãos trêmulas repousavam sobre o ventre ainda discreto, enquanto sua alma se dividia entre o amor e o pânico. O ar parecia mais pesado dentro da sala, até que sentiu os dedos firmes de Maxwell se entrelaçarem aos seus.
— Você está indo muito bem — ele sussurrou, com um olhar calmo, firme e profundamente presente.
Bridget apertou sua mão com força. Precisava daquele contato, daquele apoio silencioso, daquela força emprestada.
A médica continuava o exame, falando termos técnicos que Bridget mal registrava. Sua mente estava longe.