O hospital parecia mais silencioso naquela manhã de segunda-feira. Bridget tentava não pensar muito. Havia feito isso por anos, na verdade — evitar pensar no que doía demais. Mas agora, as dores físicas e emocionais exigiam atenção. E Maxwell estava ali, como prometera, segurando firme sua mão.
— Está nervosa? — ele perguntou em voz baixa, enquanto ela preenchia a ficha da nova consulta.
Ela assentiu, mas tentou sorrir.
— Não é como se eu não estivesse acostumada a hospitais ultimamente, né?
Maxwell não riu, mas seus olhos a abraçaram.
— Dessa vez você não está sozinha, Bridget.
O médico chamava-se Dr. Henrique Dias. Um homem calmo, de fala firme e direta, mas com olhos que transmitiam empatia. Depois de analisar os exames anteriores, ele passou a fazer perguntas com cautela.
— Você tem sentido dores com frequência?
— Algumas, sim. E cansaço constante. Também tive uns enjoos nas últimas semanas...
— Certo. E seu último ciclo menstrual foi regular?
Bridget hesitou.
Maxwell a olhou