A madrugada passada na despensa ao lado de Andrew, escondidos como dois adolescentes, queimava em sua memória.
O beijo.
O calor do corpo dele.
A forma como seu coração acelerou quando os lábios se tocaram pela segunda vez.
Mas também a lembrança fria da voz dela recusando-o, pedindo distância... por enquanto.
Na cozinha, Bridget esquentou água para o chá, evitando café. Precisava de calma. Quando se virou, deu de cara com Laura, já vestida de forma impecável, segurando um caderno de anotações.
— Dormiu bem? — perguntou Laura, com um sorriso que mais parecia uma provocação.
— Como pôde, sim — respondeu Bridget, educadamente.
— Que bom. Andrew comentou que teve sonhos agitados... — ela disse, observando-a com atenção.
Bridget travou a mandíbula, mas sorriu.
— É normal no processo de recuperação de memória.
Laura assentiu.
— Espero que ele não tenha te acordado. Às vezes, ele tem o sono leve.
Antes que Bridget respondesse, o celular de Laura vibrou. Ela se afastou até a varanda e atend