Andrew saiu cedo da mansão Miller naquela manhã.
Vestia apenas uma camisa simples, calça jeans e o semblante pesado de quem carregava dentro de si mais perguntas do que respostas. A sessão de terapia estava marcada, e parte dele queria acreditar que dessa vez poderia, de fato, se encontrar.
No entanto, ao atravessar a rua em direção ao estacionamento, uma voz feminina o chamou:
— Andrew?
Ele se virou e encontrou Clarisse, encostada em um carro importado vermelho, óculos escuros e um sorriso que carregava malícia.
— Clarisse… — ele murmurou, franzindo a testa. — O que faz aqui?
Ela tirou os óculos lentamente, revelando os olhos claros que pareciam analisá-lo dos pés à cabeça.
— Coincidência… ou destino — disse com ironia. — Estava passando, e olha só com quem eu me encontro.
Andrew suspirou, já desconfiado.
— Estou indo para a terapia, não é um bom momento.
Clarisse caminhou até ele, muito próxima, seu perfume adocicado o envolvendo.
— Terapia? — ela arqueou a sobrancelha. — Ah, qu