O sol mal começava a tocar as janelas do quarto quando Cecília acordou, com a mente ainda envolta na lembrança constrangedora da noite anterior. Sentou-se na cama, esfregando os olhos e se perguntando se tinha sonhado — ou se realmente invadira, por engano, o quarto de Otávio Bianco… e o flagrado completamente nu.
— Não, definitivamente não foi um sonho — murmurou, corando ao lembrar da cena e do olhar surpreendentemente calmo dele.
Após um banho rápido e um café simples que ela mesma preparou na cozinha — já que a funcionária ainda não havia chegado —, Cecília sentou-se no sofá da sala, ajeitando a alça da bolsa no ombro. A volta para sua cidade a esperava, e com ela, a urgência de resolver o caso de Elionor e tirar Simon da prisão.
Otávio apareceu logo depois, com uma camisa social dobrada até os cotovelos e os cabelos ainda úmidos do banho. Estava mais sério do que de costume, mas ainda assim, com aquele charme quase casual que o tornava irresistível.
— Dormiu bem? — ele per