Apartamento 510 , sexto andar .
Com a chave do apartamento 510 em mãos, eu e Cecília subimos os degraus até o sexto andar, meu coração acelerado pela expectativa do que poderíamos encontrar. Ao chegarmos na porta do apartamento, Cecília hesitou por um momento, mas com um gesto suave de encorajamento, usei a chave na fechadura e a porta se abriu com um rangido suave.
O ambiente era pequeno, mas aconchegante. As paredes eram pintadas de um tom creme, que havia desbotado levemente com o tempo, e uma luz suave filtrava-se pelas persianas baixadas, criando um clima melancólico e ao mesmo tempo nostálgico.
O primeiro cômodo que avistei era a sala de estar, que se integrava à cozinha. Um sofá de tecido azul escuro estava posicionado contra a parede, um pouco desgastado, mas ainda acolhedor. Ao lado, uma mesa de centro em madeira clara abrigava algumas revistas e um copo com água, o que sugeria que Elionor tinha o hábito de convidar visita, talvez amigos ou conhecidos.
Cecília passou pelos móveis com um olhar atento.