Nunca vou te pedoar Berenice

— Nossa, que cheiro bom. Eu disse quando cheguei à sala de jantar, onde tudo estava pronto e servido.

— É a primeira de três receitas que eu conheço, e não queima, então não se anime muito. Aliás, acho que fiz alguma coisa com a Thermomix. Ela roeu a unha enquanto se sentava.

— Bem, pelo menos alguém usou. Se precisar, compro uma nova amanhã.

O jantar transcorria em silêncio quando, para variar, Natalia o quebrou.

— Você teve notícias do Benny? Ela me perguntou muito séria. Balancei a cabeça.

— Não, meu detetive não conseguiu encontrá-lo. Desculpe, Natalia.

— Que bom para você, mais um dia você ainda é pai, porque quando eu o vir, vou matá-lo. Ela declarou, irritada, mas sem nenhuma ameaça real.

Natalia não conseguia matar nem um mosquito. Ela preferia levá-los para o jardim a machucá-los.

— Compreensível. Foi tudo o que respondi, e recebi um sorriso sincero.

— Por que o Benny não te ama? Ela perguntou. — Por que ele te rejeita? Você não parece um pai ruim. Você tem sido muito gentil
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