A obsessão de Marcos por Riveira era uma cicatriz antiga em sua alma, inflamada a cada nova pista, a cada rumor que o trazia de volta à superfície. Era como se uma parte de sua mente jamais houvesse deixado aquele momento inicial de perda e frustração, presa em um ciclo de reviver, revisar, reinterpretar cada detalhe do passado. Por nove longos anos, Riveira fora uma sombra escorregadia, um mestre do disfarce que parecia evaporar no ar a cada vez que a justiça se aproximava. Como um ilusionista cruel, ele deixava pistas falsas, nomes trocados, documentos forjados, e desaparecia sem deixar rastros sólidos. Mudava de identidade como de roupa, saltava de país como um fantasma, deixando para trás um rastro de destruição e impunidade, cada nova vítima parecia gritar em silêncio por justiça através dos olhos de Marcos.
Marcos e sua equipe haviam perseguido inúmeras pontas soltas, desmantelado operações de traficantes de médio e grande porte, cada prisão os levando um degrau acima na hierarq