Na manhã seguinte, a atmosfera na casa era palpavelmente tensa. Marcos estava mais quieto do que de costume, seus movimentos carregando uma rigidez incomum. Hayley sentia o peso de sua recusa da noite anterior pairando entre eles como uma nuvem escura. Ela tentou se aproximar, oferecendo um abraço, um beijo mais demorado, mas havia uma certa distância em seus olhos, uma cautela que antes não existia.
O celular de Sara tocou no meio do café da manhã, o som repentino quebrando o silêncio carregado. Hayley atendeu rapidamente, esperando ouvir uma voz mais animada, um sinal de que sua amiga estava realmente bem.
— Oi, Sara! Como você está hoje? Dormiu bem?
— Oi, Hay... Estou... bem. Na verdade, liguei para saber se você poderia vir aqui. No hotel. Preciso conversar com você.
O tom de Sara era hesitante, quase urgente, o que alarmou Hayley. A calma forçada da ligação anterior havia desaparecido, substituída por uma ansiedade palpável. — Aconteceu alguma coisa? Está tudo bem mesmo, Sara? Vo