A voz de Rayra, carregava agora uma raiva gélida.
— É, estou muito feliz. E sabe o que mais? Eu devia denunciar você. Isso é um crime, Victor. E não é a primeira vez que você faz isso, tenho certeza.
— Você é doentte, repulsiivo, tenho nojjo de você. O Dan não quis falar mais nada sobre isso, mas eu quero saber o nome. Quem fez essa cachorrada com você?
Victor ouviu a ameaça, o silêncio do outro lado da linha era de quem estava em encrencado. Ele sentiu o impulso de contar a verdade, de se justificar, mas pensou no escândalo que a revelação completa causaria a ela.
— Não importa, Rayra. Eu fiz. Você estava comigo na festa. — Ele engoliu em seco e mudou de tática, indo para o terreno que ele dominava: dinheiro.
— Quanto você quer para esquecer o que aconteceu? Sei que precisa de grana.
— Vamos encerrar o assunto. Cinco mil? Dez? Quinze? Tenho certeza que me perdoar você nunca vai mesmo.
O silêncio foi a resposta. Ele continuou, com a voz ficando surpreendentemente baixa e triste.
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