Ela se aproximou para pegar a bolsa, ele a puxou pelo braço sutilmente, mas firme:
— Você tá linda…brava. — ele disse baixo, enquanto a puxava pela cintura devagar, como se temesse que ela fugisse de novo.
Ela cruzou os braços, o evitando.
— Não começa. Você foi muito babaca comigo.
Ele a puxou para mais perto, a beijando nos braços, barriga.
— Eu sei. Me desculpa. Tenta me entender, eu tomo remédios, até me adaptar, é fo.da.
O olhar dele estava faminto, mas havia algo a mais ali, saudade, desejo e aquela pontinha de esperança, carência, que ela reconhecia bem.
— Eu tô com saudade de você. De verdade. Não só do que a gente faz na cama… — A voz dele saiu firme.
— Tô querendo tentar, gata. Ver se ainda tem chance pra gente.
Ela desviou o rosto, fingindo que não sentiu nada. Mas sentiu. O coração deu uma virada dentro do peito, aquela virada perigosa que precede o “talvez”.
— Victor… Não é tão simples assim. — murmurou, evitando encarar os olhos dele, enquanto ele a acariciava por cim