Ele a beijou sutilmente na boca e a abraçou forte, como se a estivesse protegendo do mundo.
— Você podia ter me chamado ontem. — ele sussurrou em seu ouvido.
— O que realmente aconteceu?
Rayra suspirou, sentindo-se segura nos braços dele.
— Foi a consulta. — ela começou, a voz trêmula.
— Não imaginava que ia ser tão difícil. A médica foi muito legal, me fez algumas perguntas. E eu, sem querer, acabei contando sobre o passado.
Victor a soltou do abraço e a olhou nos olhos. Com sua expressão era séria, de total atenção.
— Meu ex não me deixava ter amigos. Passei o luto sozinha, sabe? — ela continuou.
— Ele me isolou de todo mundo, me controlava. Foi por isso que larguei a faculdade. Eu só ia de casa para o trabalho, e do trabalho para casa. Perdi anos da minha vida. Eu o amava, mas ele me destruiu.
— Ele me fez acreditar que eu não valia nada. — ela disse, e uma lágrima rolou por seu rosto.
— Eu só não quero que você pense que sou louca ou que sou problemática.
Victor a segurou pelo