Glória voltou para a sala, visivelmente preocupada.
— Eu não disse? Ela está indisposta.
Lysandro, sentindo o nó apertar, viu ali a chance de confrontá-la longe da tia.
— Mas está tudo bem? Se ela precisar ir ao médico, posso levar. Já estou de saída mesmo. — Ele ofereceu, com a voz tensa, e a curiosidade sobre a gravidez superando seu desejjo de evitá-la.
Lia chamou do corredor, nervosa, pronta para fugir da casa.
— Glória? Estou indo.
Glória levantou apressadamente.
— Lia, venha aqui, por favor. Meu sobrinho vai te dar uma carona. Você não quer mesmo ir no pronto-socorro?
Lia entrou na sala, pálida, com as mãos trêmulas. Percebendo que o encontro era inevitável.
— Ah, não precisa. Imagina. Muito obrigada. Eu já vou.
Lysandro esqueceu até da papelada da casa de praia.
— Não, eu faço questão. — Ele falou, com uma determinação fria.
— Vou levar você, em segurança.
Ele foi afastando a cadeira em direção à porta.
— Vamos, eu te levo.
Glória achou estranha tamanha gentileza daquele sobri