Lia permaneceu calada no carro, segurando as mãos com força enquanto o motorista parava em frente à casa de Lysandro. A confissão dele não a havia acalmado, apenas intensificou seu medo.
— Por que me trouxe aqui? — Ela perguntou seriamente.
— Eu não vou entrar. Eu não quero. Preciso ir embora.
Ele, porém, já estava em modo de resolução de crise.
— Precisamos sentar e conversar. — Ele falou, sem dar importância ao medo dela.
— Vou falar com o meu advogado, ver quais medidas preciso tomar, de início.
O carro entrou na garagem. Lia se sentiu encurralada e com medo, imaginando que ele voltaria a ameaçá-la, usando o advogado e sua influência para tirar o filho dela.
Quando foram descendo do carro, ela falou, segurando a bolsa com força.
— Posso ir ao banheiro?
Lysandro disse que sim, enquanto era colocado na cadeira de rodas e se dirigia para a sala. Lia entrou na frente.
Assim que ouviu a cadeira de rodas entrar para a sala, ela correu para a cozinha. Abriu o portão menor pelo interfone