As horas foram passando e ele não abriu a porta, ignorou totalmente a existência dela. Davina e o irmão comeram a tarde, à noite ela fez o jantar. Romário já havia ido embora no final do dia e avisou Romeu, pelo celular, de que ela não quis ir embora.
Romário sabia que com certeza aquela relação acabaria muito mal para ela, mas ele também tinha a certeza, de que alguma forma, ela ajudaria o patrão deles. Era nítido que era uma moça esforçada e comprometida, também geniosa, forte o suficiente para causar mudanças na vida de Romeu.
À noite ela subiu com o jantar dele, canja com pedaços desfiados de frango, suco de uva, duas garrafas de água, um pedaço de melão picado, encostou na porta ouvindo a televisão baixinho
— Romeu, abre pra mim.
— Fiz o jantar.
— Preciso falar com você.
Sendo ignorada, se irritou e chutou a porta
— Abre a porta que droga.
— Como vou fazer o meu trabalho, se você não deixa?
Ele estava bastante indisposto, viu ela pelas câmeras quase que o tempo todo, se levantou